Bonecos colecionáveis dos anos 80 em bastidores de produção artesanal

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Os anos 80 foram uma década marcante para a cultura pop, e um dos maiores fenômenos dessa era foram os bonecos colecionáveis. Lançados como parte de franquias icônicas, como Star Wars, He-Man, GI Joe e Transformers, esses bonecos não apenas se tornaram brinquedos populares, mas também itens de desejo para gerações de crianças e colecionadores. Eles eram muito mais do que simples brinquedos; eram figuras que traziam à vida heróis, vilões e mundos imaginários, criando um vínculo emocional que atravessou as décadas.

O impacto dos bonecos dos anos 80 foi enorme, moldando a indústria do entretenimento e a forma como os brinquedos eram produzidos. As empresas de brinquedos começaram a perceber o poder das franquias para impulsionar vendas, e essa estratégia levou a um boom de colecionáveis, muitos dos quais se tornaram clássicos cultuados até hoje.

Neste artigo, vamos fazer uma viagem aos bastidores da produção desses bonecos icônicos. Desde o design inicial até as técnicas de fabricação em larga escala, exploraremos como esses brinquedos foram feitos e como as inovações tecnológicas e criativas da época ajudaram a transformar os bonecos colecionáveis em peças de colecionador que ainda são adoradas hoje.

A indústria dos brinquedos nos anos 80

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Os anos 80 foram uma década de transformação para a indústria dos brinquedos, especialmente no que diz respeito ao mercado de action figures e miniaturas. Antes dessa era, os brinquedos eram predominantemente mais simples, com ênfase em jogos de construção e bonecos de pano. No entanto, a popularização das action figures nos anos 80 levou a uma revolução no design e na produção de brinquedos. Esses bonecos articulados, com detalhes minuciosos e baseados em personagens de filmes, desenhos animados e quadrinhos, ganharam enorme apelo, não apenas entre as crianças, mas também entre os colecionadores.

As grandes empresas de brinquedos dominaram esse novo mercado, e entre elas se destacaram nomes como Hasbro, Mattel, Kenner, Estrela e Glasslite. A Hasbro, por exemplo, foi responsável por lançar a linha de bonecos GI Joe, enquanto a Mattel introduziu o fenômeno He-Man and the Masters of the Universe. A Kenner, por sua vez, fez história com os bonecos Star Wars, que marcaram um antes e depois na indústria. Além dessas gigantes, a Estrela e a Glasslite, no Brasil, também tiveram um papel importante, com produções locais que ajudaram a popularizar os brinquedos em diversos mercados.

O impacto das franquias foi um dos motores desse crescimento. Star Wars, por exemplo, não apenas popularizou a ideia de bonecos baseados em filmes, mas também redefiniu o conceito de marketing e vendas de brinquedos. Os filmes de sucesso não eram apenas fontes de entretenimento, mas também serviam como plataformas perfeitas para o lançamento de brinquedos que permitiam que as crianças revivessem as aventuras dos filmes em casa. A popularidade de He-Man, GI Joe e Comandos em Ação seguiu uma linha semelhante, onde a demanda por figuras de ação se baseava nas narrativas e no carisma dos personagens, criando uma cultura de fãs que ia muito além do simples brincar.

Além do impacto imediato nas vendas, essas franquias ajudaram a estabelecer o conceito de “universos expandidos”, onde os brinquedos eram apenas uma parte de um ecossistema que incluía desenhos animados, filmes, quadrinhos e até jogos de tabuleiro. Esse modelo de negócios transformou os bonecos em ícones culturais, não apenas produtos de consumo.

O processo de criação dos bonecos

A criação de bonecos colecionáveis nos anos 80 era um processo meticuloso que envolvia várias etapas, desde o conceito inicial até a produção em massa. Cada detalhe do design era cuidadosamente planejado para garantir que as figuras não fossem apenas brinquedos, mas representações fiéis dos personagens que encantavam os fãs. O processo de desenvolvimento dessas action figures seguia um caminho complexo, passando por várias fases, com a colaboração de designers, escultores e engenheiros.

Conceito e design

Tudo começava com o conceito. Os bonecos eram frequentemente inspirados em filmes, desenhos animados e quadrinhos populares da época. As grandes franquias como Star Wars, He-Man, GI Joe e Transformers tinham uma legião de fãs ansiosos por ver seus heróis e vilões ganharem vida fora das telas. O trabalho dos designers era capturar a essência dos personagens, garantindo que os bonecos fossem reconhecíveis e fidedignos ao visual dos originais. Isso envolvia estudar cada detalhe dos figurinos, expressões faciais, acessórios e até a postura dos personagens. Muitas vezes, essas figuras precisavam representar a personalidade dos personagens através de pequenas nuances, como a postura dos braços ou o olhar fixo de um vilão.

Escultura e modelagem

Após a definição do design, o próximo passo era a escultura e modelagem. Nessa etapa, escultores especializados criavam os moldes originais dos bonecos, geralmente feitos de argila ou cera. Eles eram responsáveis por dar forma e textura ao personagem, trabalhando minuciosamente em cada detalhe do rosto, roupas, cabelos e acessórios. Esse processo demandava muito tempo e habilidade, pois a escultura precisava ser precisa o suficiente para garantir que o boneco fosse fiel à aparência do personagem, mas também funcional em termos de articulação. O resultado era um modelo único, que serviria como base para a fabricação das figuras em larga escala.

Prototipagem

Com o molde original pronto, chegava a fase da prototipagem. Aqui, os engenheiros testavam o design e a funcionalidade dos bonecos, criando réplicas em escala reduzida para garantir que tudo estivesse correto. Durante esse processo, eram feitos testes de cores, articulações e acessórios. As cores das figuras, por exemplo, eram escolhidas para garantir que os bonecos tivessem o mesmo tom vibrante e fiel ao personagem original, enquanto a articulação dos braços, pernas e cabeça era ajustada para garantir que o boneco fosse facilmente posicionado sem perder a durabilidade. Além disso, os acessórios (como armas, capas e mochilas) passavam por vários testes de encaixe e resistência.

Em muitos casos, a prototipagem também envolvia mudanças no design. Caso algum detalhe não funcionasse como esperado, a equipe de desenvolvimento revisava os moldes e fazia os ajustes necessários. Essa fase era crucial, pois um erro simples poderia comprometer a experiência do consumidor. Por fim, depois que o protótipo era aprovado, começava a produção em massa, com a fabricação dos moldes definitivos e a montagem das figuras, que seriam distribuídas para o mercado.

Esse processo de criação garantiu que os bonecos colecionáveis dos anos 80 se tornassem produtos de alta qualidade, com um nível de detalhamento e realismo que até hoje impressiona os fãs e colecionadores.

A produção em larga escala

Após o desenvolvimento do design e a aprovação do protótipo, os bonecos colecionáveis dos anos 80 seguiam para a fase de produção em larga escala. Esse processo envolvia várias etapas técnicas, utilizando tecnologias de moldagem, pintura e montagem para criar as figuras que chegariam às prateleiras das lojas. Embora os detalhes e acabamentos fossem essenciais, a produção em massa também precisava garantir eficiência, qualidade e consistência, já que milhões de bonecos estavam sendo fabricados simultaneamente.

Moldagem e injeção de plástico

A primeira etapa da produção em larga escala era a moldagem. Para fabricar os corpos e as peças dos bonecos, usava-se a técnica de injeção de plástico. Nessa técnica, o plástico derretido era injetado em moldes de metal que replicavam as formas e detalhes das peças de cada boneco. Os moldes eram feitos com base nos protótipos esculpidos pelos artistas, e o processo de injeção permitia a fabricação de partes complexas de maneira rápida e precisa, incluindo cabeças, braços, pernas e acessórios. Cada figura de ação tinha diversas partes que eram fabricadas separadamente e depois unidas durante a montagem.

O plástico utilizado na produção era cuidadosamente selecionado para garantir que fosse durável, flexível e resistente, principalmente para as articulações e partes móveis. Dependendo do personagem, as peças podiam ser moldadas em várias cores, e depois essas peças eram retiradas das máquinas e deixadas para esfriar antes de seguir para a próxima etapa.

Pintura e detalhes

Depois que as peças estavam moldadas e resfriadas, era hora da pintura e aplicação de detalhes. Embora os primeiros passos da fabricação fossem altamente automatizados, a pintura era muitas vezes feita manualmente. Pequenos pincéis eram usados para aplicar cores vibrantes e detalhes minuciosos, como os rostos dos personagens, as roupas, os acessórios e outros elementos característicos. Para as expressões faciais, como olhos e bocas, os artistas tinham que ser extremamente precisos, já que essas características eram cruciais para garantir que o boneco representasse com fidelidade o personagem que ele deveria retratar.

Em alguns casos, o processo de pintura também envolvia o uso de máquinas para aplicar as cores de maneira mais uniforme e eficiente, especialmente para áreas maiores ou para bonecos que possuíam cores mais sólidas. Os detalhes dos acessórios, como as armas, capacetes ou outros itens que acompanhavam os bonecos, eram tratados com a mesma atenção aos detalhes, com muitas dessas peças sendo pintadas separadamente antes de serem montadas.

Montagem e articulação

Após a pintura, as peças passavam para a fase de montagem. Cada boneco consistia de várias partes que precisavam ser encaixadas corretamente para garantir seu movimento e funcionalidade. As articulações, que permitiam que os bonecos tivessem movimento, eram compostas por pequenos pinos e ganchos que conectavam as partes do corpo, como ombros, quadris e joelhos. Essas articulações permitiam que os bonecos fossem posicionados em várias poses, o que era uma característica essencial para os fãs de figuras de ação.

A montagem envolvia o encaixe cuidadoso dessas partes articuladas, muitas vezes com a ajuda de máquinas que pressionavam as peças no lugar. A qualidade das articulações era essencial para garantir que os bonecos se movessem de maneira fluida, sem quebras ou danos. O processo de articulação foi uma das inovações mais importantes das action figures nos anos 80, permitindo que os brinquedos não fossem apenas estáticos, mas também objetos de interação e brincadeira, aumentando sua longevidade e apelo.

Com todas as peças montadas e os detalhes finais aplicados, os bonecos estavam prontos para serem embalados e enviados para as lojas. Esse processo de produção em larga escala permitiu que os bonecos colecionáveis dos anos 80 fossem fabricados rapidamente e com uma qualidade consistente, garantindo que os fãs tivessem acesso aos brinquedos tão esperados, com cada um trazendo à vida os personagens que faziam parte de seus universos favoritos.

Embalagem e distribuição

A embalagem dos bonecos colecionáveis dos anos 80 foi um elemento essencial tanto para sua proteção quanto para sua promoção. A forma como os brinquedos eram apresentados nas prateleiras das lojas não só refletia a identidade do produto, mas também desempenhava um papel crucial no processo de marketing e venda. As embalagens desses brinquedos não eram apenas caixas comuns; elas eram verdadeiras peças de design, criadas para atrair a atenção das crianças e despertar a nostalgia nos colecionadores.

Design das embalagens e o impacto no marketing dos brinquedos

As embalagens dos bonecos dos anos 80 eram criadas para maximizar o apelo visual, muitas vezes utilizando imagens vibrantes e cenas que remetiam ao universo do personagem. Figuras como He-Man, GI Joe e Star Wars tinham suas embalagens cuidadosamente projetadas para capturar a essência de suas histórias e mundos. Isso incluía ilustrações dinâmicas dos personagens em ação, detalhes de cenários que remetessem aos filmes ou séries, e o uso de fontes impactantes que destacavam os nomes dos brinquedos. O design das embalagens também era funcional, com janelas plásticas ou partes transparentes para que os consumidores pudessem ver o boneco em detalhes sem abrir a embalagem.

Além disso, as embalagens foram pensadas para transmitir um senso de valor e exclusividade, muitas vezes com elementos de colecionador, como cartões de personagens, pôsteres ou até mesmo informações sobre outras figuras da coleção. Essas estratégias ajudavam a criar uma ligação emocional entre o consumidor e o produto, incentivando a compra não apenas pela diversão do brinquedo, mas também pelo desejo de completar uma coleção inteira.

O design das embalagens também foi importante para divulgar novas coleções e expandir as franquias. Por exemplo, os brinquedos de Star Wars eram frequentemente atualizados com novos personagens ou cenas dos filmes, e as embalagens refletiam essas mudanças, garantindo que o público estivesse sempre ansioso para ver as novidades. Esse tipo de marketing visual, aliado à popularidade das franquias, fez com que os bonecos não fossem apenas itens de consumo, mas verdadeiras experiências culturais.

Distribuição para lojas e vendas ao público

Uma vez que a produção dos bonecos estava concluída, a distribuição era uma das etapas mais cruciais para garantir que os brinquedos chegassem rapidamente aos consumidores. As grandes empresas de brinquedos, como Hasbro, Mattel e Kenner, tinham sistemas logísticos bem estruturados para garantir que as figuras fossem enviadas para lojas de todo o mundo. As figuras eram distribuídas para grandes redes de varejo, como brinquedotecas, grandes lojas de departamento e até pequenas lojas especializadas.

A distribuição também incluía a promoção de lançamentos em massa. Muitas vezes, as lojas recebiam materiais promocionais, como displays de balcão, posters e até figuras em tamanho real, para atrair ainda mais atenção para os novos lançamentos. Durante a época das festas de fim de ano, especialmente o Natal, as lojas ficavam repletas dessas figuras, e a demanda pelos bonecos atingia seu pico. Crianças, pais e colecionadores se dirigiam às lojas para garantir o seu brinquedo, o que muitas vezes gerava cenas de fila e até disputas pelos modelos mais desejados.

Além das lojas físicas, as distribuidoras também começaram a explorar o mercado internacional, garantindo que os bonecos fossem vendidos em diversos países, cada um com embalagens específicas e, às vezes, pequenas modificações no design para atender aos gostos locais. Esse alcance global ajudou a consolidar o sucesso dos brinquedos dos anos 80 e a criar um mercado de colecionadores que, até hoje, mantém o legado desses bonecos vivos.
O processo de embalagem e distribuição foi uma parte essencial da criação de um fenômeno cultural, já que garantiu que os bonecos não só chegassem aos consumidores, mas também fossem desejados e esperados com grande antecipação. Combinando marketing visual impactante, logística eficiente e o apelo das franquias populares, a distribuição desses brinquedos nos anos 80 foi um marco na história da indústria de brinquedos.

Curiosidades e bastidores

A produção de bonecos colecionáveis nos anos 80 foi marcada por vários desafios e imprevistos nos bastidores, muitos dos quais acabaram gerando histórias curiosas que se tornaram parte do legado desses brinquedos. Entre erros de fabricação, variações raras e até figuras modificadas por questões culturais e comerciais, o processo de criação e distribuição desses bonecos estava longe de ser perfeito, mas foi justamente essa imperfeição que deu origem a itens extremamente valiosos e colecionáveis.

Problemas de fabricação e erros famosos

Apesar da alta precisão envolvida na fabricação das figuras, nem sempre o processo corria sem contratempos. Um dos maiores exemplos disso são as variações raras e defeitos que surgiram durante a produção em massa. Muitas vezes, erros na aplicação das cores, montagem das peças ou até falhas no molde resultavam em versões “únicas” dos bonecos, que, com o tempo, se tornaram cobiçadas pelos colecionadores.

Um dos casos mais famosos é o “Rocket Firing Boba Fett”, um boneco de Star Wars que, originalmente, foi planejado para ter um lançador de foguetes em sua mochila. Porém, durante os testes de segurança, o lançador foi considerado perigoso para as crianças, e a Hasbro retirou esse acessório de todos os lançamentos do personagem. No entanto, algumas unidades que ainda tinham o lançador foram enviadas para o mercado, tornando-se raríssimas e extremamente valorizadas no mercado de colecionadores.

Outro exemplo está relacionado à linha de brinquedos de GI Joe e He-Man, onde, em algumas remessas, figuras apresentavam erros de pintura ou articulação. Alguns bonecos de He-Man chegaram a ser lançados com cores diferentes das originalmente previstas, gerando versões variantes que, anos depois, seriam procuradas por fãs em busca dessas edições “imperfectas”.

Esses erros de fabricação, que pareciam simples falhas na época, se transformaram em relíquias raras, com alguns bonecos sendo vendidos por preços altíssimos no mercado de colecionadores. A busca por essas variações raras se tornou uma verdadeira caça ao tesouro, e muitos colecionadores investem grandes somas em bonecos que, de outra forma, teriam sido descartados como “defeituosos”.

Como algumas figuras foram censuradas ou modificadas antes do lançamento

Além dos erros de fabricação, algumas figuras também passaram por censura ou modificações antes de chegarem às lojas. Isso acontecia principalmente por questões culturais, legais ou políticas. Por exemplo, alguns bonecos de GI Joe foram modificados para atender a diretrizes de segurança infantil, enquanto outros tiveram seus acessórios alterados para não incitar violência ou ações que pudessem ser interpretadas como perigosas.

Em casos mais extremos, houve figuras que foram completamente proibidas de serem lançadas ou retiradas de circulação devido a preocupações com seu conteúdo. Um exemplo disso foi a linha de brinquedos baseada no filme RoboCop. Durante o processo de produção, a Mattel enfrentou problemas legais e éticos relacionados à violência explícita do filme. Como resultado, as figuras de ação de RoboCop sofreram modificações, e algumas versões do personagem foram retiradas das prateleiras antes de chegarem ao público, sendo substituídas por versões mais “suaves” do herói.

Outro exemplo famoso de modificação é o caso de “Barbarian He-Man”. Antes de ser oficialmente lançado, o personagem He-Man passou por diversas alterações de design, especialmente em relação à sua aparência e nome. Inicialmente projetado para ser mais agressivo e com um visual mais “bárbaro”, o personagem sofreu modificações para torná-lo mais amigável ao público-alvo infantil. Além disso, a Mattel também teve que modificar os acessórios de alguns bonecos de He-Man para evitar que fossem considerados violentos ou perigosos.

Essas censuras e alterações, muitas vezes feitas para evitar controvérsias ou possíveis processos, também geraram curiosidades e mistérios que os fãs adoram desvendar. Algumas dessas figuras modificadas, com seus designs originais ou com erros, acabaram se tornando itens raros e muito procurados, o que aumentou ainda mais a lenda em torno dessas linhas de brinquedos.

Os bastidores da produção dos bonecos dos anos 80, com seus erros, censuras e mudanças, adicionam uma camada de mistério e história que transforma cada peça de coleção em um pedacinho de uma narrativa mais ampla. Esses detalhes imperfeitos e histórias não contadas tornam esses brinquedos não apenas objetos de diversão, mas também itens de valor histórico e cultural, que continuam a ser celebrados e colecionados por gerações de fãs.

O legado dos bonecos dos anos 80

Os bonecos colecionáveis dos anos 80 não foram apenas um fenômeno passageiro, mas sim uma verdadeira revolução na indústria de brinquedos, cujos efeitos podem ser observados até hoje. Eles estabeleceram padrões que moldaram o que entendemos como colecionáveis modernos e figuras de ação, deixando um impacto duradouro no design, marketing e produção de brinquedos. O legado dessas figuras vai além da nostalgia, e sua influência pode ser vista de várias formas na indústria atual, especialmente na valorização de peças vintage e no ressurgimento de clássicos que continuam a encantar novas gerações.

Como esses brinquedos influenciaram a indústria atual de colecionáveis

Nos anos 80, as figuras de ação eram mais do que simples brinquedos — eram icônicas representações de personagens de filmes, quadrinhos e desenhos animados, criadas para serem colecionadas. A partir de então, a indústria de brinquedos começou a perceber que os consumidores (principalmente adultos) viam esses produtos como itens para guardar, ao invés de simplesmente brincar. Esse novo entendimento levou ao aperfeiçoamento do design e da qualidade das figuras de ação, que passaram a ser produzidas com mais detalhes e com um foco claro em atender ao mercado de colecionadores.

Hoje, essa mentalidade colecionável permeia a indústria de brinquedos. As empresas criam figuras cada vez mais detalhadas, com articulações sofisticadas, acessórios extras e embalagens premium, visando o público de adultos colecionadores. Linhas como as de Star Wars, Marvel Legends e Masters of the Universe continuam a seguir a filosofia dos brinquedos dos anos 80, com figuras que são tanto brinquedos quanto peças de coleção. Além disso, o sucesso de plataformas de venda online, como eBay e Mercado Livre, tem facilitado a troca e o comércio de figuras de ação, ajudando a manter o mercado de colecionáveis aquecido.

A valorização de peças vintage no mercado de colecionadores

Com o passar dos anos, os bonecos dos anos 80 se tornaram verdadeiros tesouros de colecionador. Muitas figuras que foram produzidas em grande escala naquela época, mas que não foram tão populares na época de lançamento, hoje são altamente valorizadas no mercado de segunda mão. O crescimento do interesse por coleções vintage foi impulsionado pela nostalgia de uma geração que cresceu com esses brinquedos e por colecionadores que buscam peças raras e em bom estado de conservação.

Os bonecos originais de Star Wars, He-Man, GI Joe e Transformers, por exemplo, podem alcançar preços astronômicos em leilões, especialmente se estiverem em embalagens originais, ou se forem versões com erros de fabricação ou variações raras. As peças mais procuradas são aquelas que foram pouco produzidas ou que saíram de circulação rapidamente, e elas têm se tornado um investimento para muitos, sendo compradas e revendidas por preços altíssimos.

Além disso, a valorização desses itens se estende a figuras em estado quase original, como as com acessórios raros ou bonecos que mantêm o aspecto novo, algo que faz parte de um movimento global que vê a preservação e o cuidado de brinquedos antigos como uma arte. A comunidade de colecionadores é altamente engajada, com convenções e feiras de colecionismo dedicadas à compra, venda e troca de itens vintage, mantendo viva a paixão por esses brinquedos clássicos.

O ressurgimento de linhas clássicas e relançamentos

O legado dos bonecos dos anos 80 também é visível no ressurgimento de linhas clássicas e nos relançamentos feitos por grandes empresas de brinquedos. Ao longo dos anos, franquias como Star Wars, Masters of the Universe e Transformers continuaram a lançar novas versões de suas figuras originais, muitas vezes com base no design clássico, mas com aprimoramentos modernos em termos de articulação e materiais. Esses relançamentos são uma forma de conectar as novas gerações ao passado, ao mesmo tempo em que capturam o espírito do que tornou esses brinquedos especiais.

Empresas como a Super7 e a Hasbro começaram a lançar versões de edição limitada de figuras dos anos 80, que mantêm o estilo e o formato da era original, mas com a qualidade e o acabamento modernos. Essas edições comemorativas e de colecionador geraram um aumento significativo no interesse por esses brinquedos. A nostalgia desempenha um papel importante, mas a qualidade do design e a lealdade ao conceito original também fazem com que esses relançamentos sejam altamente desejados.

Além disso, a popularidade de séries e filmes baseados nesses universos, como os novos filmes de Star Wars e a série Masters of the Universe: Revelation, ajudou a manter essas franquias na memória coletiva e a impulsionar as vendas de produtos licenciados. Isso não só atraiu fãs antigos, como também introduziu essas linhas de brinquedos para novas gerações, garantindo que o legado dos bonecos dos anos 80 continue a viver.

Em suma, o legado dos bonecos colecionáveis dos anos 80 é vasto e duradouro. Eles não apenas moldaram a forma como os brinquedos são produzidos e comercializados até hoje, mas também ajudaram a criar um mercado vibrante de colecionadores que mantém vivos os ícones culturais dessa época. Com a valorização das peças vintage e o retorno das linhas clássicas, esses brinquedos continuam a ser uma fonte inesgotável de paixão e nostalgia para fãs e colecionadores ao redor do mundo.

Os processos de fabricação dos bonecos colecionáveis nos anos 80 foram fundamentais para o que conhecemos hoje como a indústria de brinquedos e colecionáveis. Desde a criação dos designs inspirados em filmes e desenhos animados até as técnicas de produção em massa, cada detalhe foi pensado para garantir não apenas a diversão das crianças, mas também o surgimento de um mercado de colecionadores que reverencia esses ícones até os dias atuais. O uso de embalagens estratégicas, a produção em larga escala e as curiosidades nos bastidores, como erros de fabricação e censuras, fizeram com que esses brinquedos se transformassem em peças de valor histórico e cultural.

Hoje, a valorização das peças vintage e o ressurgimento das linhas clássicas demonstram o impacto duradouro que esses bonecos tiveram em várias gerações, influenciando a forma como os brinquedos são feitos, comprados e vendidos. A nostalgia e o amor por esses brinquedos continuam a unir colecionadores e fãs de diferentes idades, mantendo vivo o legado da era dourada dos brinquedos dos anos 80.

Agora, gostaríamos de saber de vocês, leitores! Quais são as suas lembranças mais marcantes com esses brinquedos? Vocês têm alguma coleção de bonecos vintage guardada? Compartilhem suas histórias e fotos nos comentários abaixo, e vamos juntos celebrar o legado dos bonecos colecionáveis dos anos 80!